segunda-feira, 14 de julho de 2014

UTOPIA X REALIDADE

O político brasileiro trabalha com medo. O medo de ser apanhado em falcatruas, ou o medo de não obter a reeleição. Está sempre tenso, oferecendo sorrisos nada sinceros, falando de partidos, de acordos, de conchavos. Durante a campanha os políticos tradicionais não falam de planos de governo (exceto em programas eleitorais, onde são chamado a apresentar propostas). Falam sobre “como vencer a eleição”, mas nada dizem sobre o que vão “fazer depois de ganhar a eleição”.
O medo do político reflete o medo que está impregnado em nossa sociedade. Vivemos um momento de grande fartura material, mas não estamos satisfeitos. Por que, se nossa mesa é farta, se temos casas confortáveis? Se temos automóveis, ônibus e aviões que nos transportam aos quatro cantos do mundo? Os aparelhos tecnológicos nos põem em contato permanente uns com os outros e nos propiciam as mais inusitadas sensações através de filmes e jogos. Mas tudo isso ainda não basta! Por quê?
Talvez porque temos sede de plenitude. Temos medo que a vida passe e acabemos descobrindo que não fizemos com ela o que gostaríamos de fazer.
Mas só temos uma oportunidade, então precisamos enfrentar o medo e apostar na alegria! Apesar de todos os pessimistas, a vida renasce todos os dias, dizendo Sim! Sim, nossos dias podem ser mais saborosos e divertidos! Sim, podemos criar mais oportunidades para os encontros, para a descontração e o lazer. Chega de construir cidades para o sofrimento! Chega de construir cidades para o reinado dos automóveis! Apesar de tudo que dizem sobre “qualidade de vida”, a vida das cidades é ruim. Os refúgios são os bares e os shoppings! Não é um absurdo? Mas o absurdo tornou-se normal!
Os próximos governos terão de repensar o modo de gerir as cidades. Precisamos de parlamentares que pensem constantemente em melhorar a vida dos cidadãos (utopia). Mas eles passam quatro anos pensando num modo de se reeleger (realidade). Onde estão os políticos que vão fazer a difícil transposição da utopia para a realidade?
Cidadãos inteligentes e bem intencionados se candidatam em todos os pleitos, mas sempre ficam para trás na contagem dos votos. Tudo porque não aceitam fazer o jogo sujo da política tradicional. Não aceitam acordos espúrios, não apertam a mão dos bandidos, não prometem o impossível e, acima de tudo, não compram votos. Em consequência, a grande massa eleitoral vai para os malandros de sempre, aqueles que fazem o jogo, que compram e vendem almas, que investem fortunas em suas campanhas. E que depois de eleitos trabalham para manter no poder os grandes grupos econômicos do Estado e do País.
Não somos mais crianças, por isso chega de dizer que “a política é suja”. É suja porque votamos em pessoas que não pensam duas vezes antes de sujar as mãos. Está na hora de passar de fase, de virar o disco e ver o que tem do outro lado... está na hora das pessoas decentes assumirem posições na esfera política e acabar com o discurso miúdo e ridículo dos políticos tradicionais.
Se você concorda com o que leu acima, vote em mim. Não lhe prometo nada, apenas isto: que a Assembleia Legislativa do Paraná nunca mais será a mesma depois que eu passar por ela. Obrigado!
Chico Guil, candidato a deputado estadual – Número 43003 CNPJ /PV

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