domingo, 28 de abril de 2013

AMOR É CONSTRUÇÃO

Você pode acreditar que o seu amor vem de gerações passadas. Encontrou sua alma gêmea, e ela novamente sorriu para você. E o amor novamente floriu para vocês, num novo primeiro olhar.
Seria bom assim, um sentimento progressivo seguindo para o zênite! Mas a realidade dos dias traz as confusões, as frustrações, os rachas, as derrotas. E depois as retomadas, as reconquistas, a revitalização do amor, ou a sua dissolução. Então fica difícil acreditar em “almas gêmeas” e outras fantasias juvenis. Pois como pode minha alma gêmea me ferir?
Precisamos buscar outras interpretações, que tornem menos árdua, menos dolorosa e, principalmente, menos decepcionante esta busca.
Se quer ter um amor de verdade, não espere que aconteça, construa-o com suas próprias mãos. Somente assim saberá de toda a sua profundidade e beleza. O amor necessita de atitude, porque é algo que se constrói, não existe gratuitamente. Deixe-o abandonado, ele se deteriora, ou vai cantar em outra freguesia. É construção das mais finas, feita de tijolinhos minúsculos de múltiplos matizes. Um amor maduro é algo como uma pintura rococó, extravagantemente matizado, repleto de pequenos arranjos, de pequenos consertos, de alguns concertos, mas também de grandes gestos de solidariedade, de compreensão, de coragem e de paciência.
Não se deixe enganar por esses homens durões, que jamais falam em amor, e que só fazem cultivar suas virtudes de conquistadores. Como toda criatura, eles também são carentes e procuram amor. Quando exibem aos amigos as fotografias de suas conquistas amorosas, não fazem outra coisa senão admitir sua necessidade de carinho e conforto, que somente mulheres amorosas e apaixonadas são capazes de conceder.

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