O êxodo rural verificado nos
últimos anos em Prudentópolis é o inverso da grande distribuição de terras,
realizada pelo governo federal no início da colonização. Por falta de incentivos
à atividade agrícola, os jovens partem em busca de trabalho na cidade. Muitos
seguem para Curitiba e os estados de São Paulo e Santa Catarina. Em algumas
comunidades os jovens desapareceram, restando somente seus pais ou avós. Na
periferia da cidade de Prudentópolis cresce o número de famílias de
agricultores, que passam a morar em espaços restritos, na maioria deles sem
quintal ou jardim, e sem muitas perspectivas de trabalho remunerado.
Grandes áreas de terra de Prudentópolis, principalmente na
região norte, vêm sendo compradas por investidores de outros municípios e transformadas
em pastagens e reflorestamentos de pinus e eucalipto. Os agricultores locais
também passaram a reflorestar suas terras com as espécies exóticas, como uma
alternativa ao cultivo de culturas tradicionais.
As florestas de árvores nativas destacam-se das áreas de
reflorestamento pela grande diversidade de cores. As múltiplas espécies
encontradas na mata original resultam em muitos tons, que variam entre o
amarelo, o laranja, o verde e o verde-azulado. O reflorestamento com árvores
exóticas produz grandes áreas de um verde compacto, monocromático. Nas áreas de
pinus, sobrevivem sob essas árvores somente alguns espécimes de cedros e
samambaias. É a “floresta silenciosa”, onde não se ouve o canto de um único
pássaro.
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