quinta-feira, 25 de abril de 2013

REFORMA AGRÁRIA INVERTIDA

O êxodo rural verificado nos últimos anos em Prudentópolis é o inverso da grande distribuição de terras, realizada pelo governo federal no início da colonização. Por falta de incentivos à atividade agrícola, os jovens partem em busca de trabalho na cidade. Muitos seguem para Curitiba e os estados de São Paulo e Santa Catarina. Em algumas comunidades os jovens desapareceram, restando somente seus pais ou avós. Na periferia da cidade de Prudentópolis cresce o número de famílias de agricultores, que passam a morar em espaços restritos, na maioria deles sem quintal ou jardim, e sem muitas perspectivas de trabalho remunerado.
Grandes áreas de terra de Prudentópolis, principalmente na região norte, vêm sendo compradas por investidores de outros municípios e transformadas em pastagens e reflorestamentos de pinus e eucalipto. Os agricultores locais também passaram a reflorestar suas terras com as espécies exóticas, como uma alternativa ao cultivo de culturas tradicionais.
As florestas de árvores nativas destacam-se das áreas de reflorestamento pela grande diversidade de cores. As múltiplas espécies encontradas na mata original resultam em muitos tons, que variam entre o amarelo, o laranja, o verde e o verde-azulado. O reflorestamento com árvores exóticas produz grandes áreas de um verde compacto, monocromático. Nas áreas de pinus, sobrevivem sob essas árvores somente alguns espécimes de cedros e samambaias. É a “floresta silenciosa”, onde não se ouve o canto de um único pássaro.

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